quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Solidão.



Mais uma vez me vejo aqui sentada nesse canto escuro, quase esquecida pela vida e pelo mundo.
Já não tem nada que me agrade e o que me interessava antes já não me interessa mais.
Não encontro posição confortável... Que conforto posso ter se o que me incomoda são meus próprios pensamentos. Penso em me jogar, me jogar no mundo e abandonar tudo, penso em desistir de todas as convicções, crenças, princípios e ideologias. De nada elas me servem aqui sentada nesse canto escuro.
Tento me levantar, mas perco o equilíbrio. Será isso o reflexo de já ter perdido o equilíbrio emocional?
Não agüento mais! Quero fugir de tudo isso. Quero sair desse canto, quero ver a luz, quero a vida de novo... Mas já é tarde, já não consigo mais...
O que mais me machuca é a solidão. A solidão me faz ter que me ouvir sendo o que eu mais quero é fugir de mim mesma.
Choro. Choro muito, choro até que secam todas as lagrimas e me vejo de novo sozinha. O desespero vem e vai em rompantes de choro, de raiva, de loucura, de desprezo pelo mundo que um dia me desprezou. Mas no final todos os sentimentos vão e só eu fico, e fico só... E a solidão continua a me machucar.
E esse ciclo se repete por muito tempo... Por tanto tempo que já nem sei mais que tempo é...
Vencida, derrotada, atordoada, transtornada... Desisto.
Já não luto, deixo meu corpo cair exausto e tudo acaba.
Olho-me de cima e vejo que ainda estou só.
Mas já estou livre, saio voando, buscando o mundo e a luz e tenho a certeza que é a ultima vez que alguém deixa o meu corpo só.

2 comentários:

Monica Sicuro disse...

O mais estranho desse sentimento é sabermos que outras pessoas compartilham dele no mesmo momento que você...

Belas palavras...

Jana Lauxen disse...

O único jeito de eu nunca me sentir só é ficar o tempo todo do meu lado.
Ficadica.

Beijo
:)